A nova edição dos Cadernos do CEAS já está disponível, em formato digital. Acesse aqui na íntegra
O número 252 da revista traz uma análise de conjuntura (veja aqui) assinada pelo Centro de Estudos e Ação Social, que trata sobre a crise social, econômica e político-sanitária no Brasil como tragédia humanitária, e mais sete artigos que tratam de temas como políticas públicas, mercado financeiro, bens comuns, direitos humanos e educação.
O editoral “Da pandemia sobre dominância financeira”, de autoria do prof. dr. Joaci Cunha e da profa. dra. Ângela Borges abre a edição apresentando o conjunto dos artigos.
O primeiro artigo “Notas preliminares sobre a pandemia e os sistemas de proteção social no contexto de dominância financeira” é de Luis Eugenio Portela, professor e pesquisador do Instituto de Saúde Coletiva da UFBA, que aborda os limites das políticas públicas atuais no controle da pandemia e da crise social, diante do desmonte do sistema de proteção social liderado pelas forças antidemocráticas e neoliberais e da dominância financeira.
No artigo “Delineamentos normativos da contingência hospitalar no enfrentamento da covid-19 no Brasil”, de Maria Joseane Aparecida Duarte, Thadeu Borges Souza Santos, Laise Rezende de Andrade e Isabela Cardoso de Matos, é analisado o marco normativo-legal da política pública formulada pelo Ministério da Saúde para contingência hospitalar frente à pandemia com base na leitura dos documentos ministeriais elaborados no período de fevereiro a dezembro de 2020.
O terceiro texto, intitulado “A formação como líder social na produção de cuidados em saúde à população em situação de rua”, de Bianca Campos Oliveira, Margareth Santos Zanchetta e Beatriz Guitton Renaud, apresenta a experiência da enfermagem de rua na cidade de Toronto (Canadá) para promoção da saúde, da educação para o autocuidado e da prevenção de danos com a população em situação de rua e usuária de drogas.
O artigo “Convivência, afetividades e educação para paz como elementos de práticas educativas não escolares em contextos de violências”, de Lucas Salgueiro Lopes e Arthur Vianna Ferreira, é resultado da investigação sobre de que maneiras as práticas educativas não escolares podem atuar como ferramenta social em regiões de vulnerabilidade, a partir da realidade do Complexo do Salgueiro, em São Gonçalo-RJ.
Na ordem, o quinto artigo é “Direitos Humanos e inclusão no ensino superior: um estudo de caso acerca das representações docentes e discentes com deficiência, sob o escopo da diversidade e alteridade”, com autoria de Antonio Carlos da Silva e Matheus Martins de Oliveira, no qual analisam os eixos direitos humanos, inclusão social, diversidade e alteridade a partir da experiência acadêmica e social produzida na Universidade Católica de Salvador, utilizando além das fontes bibliográficas e legislativas, os dados coletados junto à comunidade
acadêmica, apresentados como cartografia social.
O penúltimo estudo, intitulado “Modelo socioambiental global e mineração no Brasil: a relação entre estado e mercado em discurso”, Paulo Everton M. Simões e Sóstenes Ericsonbus buscam, a partir de uma abordagem crítica, examinar a relação entre o Estado brasileiro e o mercado da mineração.
Por fim, o último artigo “Racismo estrutural e seus reflexos nas corporações: o papel das políticas de compliance na luta antirracista e a necessária mudança cultural” de Fernanda Ravazzano Lopes e Silvia Monique Santos Cezar que analisam a contribuição das políticas de compliance para o abandono das heranças seculares racistas que permeiam a sociedade brasileira no âmbito corporativo, portanto, buscam compreender em que medida essas políticas podem ser ferramenta da luta antirracista e por justiça social.