O Congresso Internacional Povos Indígenas da América Latina (CIPIAL) reúne pesquisadores indígenas e não indígenas de diversas áreas do conhecimento (a exemplo da agronomia, antropologia, biologia, educação, geografia, história, linguística dentre outras), para o intercâmbio de ideias e estudos, a discussão sobre diferentes epistemologias, abordagens teóricas e metodológicas, além de experiências de Investigação Ação Participativa (IAP) junto a povos indígenas da América Latina.
O Congresso oferece uma oportunidade para que sejam divulgados resultados de pesquisa, identificadas as necessidades de composições disciplinares, interdisciplinares e multidisciplinares, bem como para que se realizem propostas e se imaginem novos campos de investigação e reflexão sobre a prática profissional, do passado, do presente e do futuro, junto a povos indígenas.
O CIPIAL procura fortalecer o intercâmbio e as relações de cooperação em rede entre pesquisadores de diversas partes da América Latina e de outros países do mundo sobre a(s) história(s) e realidade(s) indígenas nesse continente. Assim, pretende ultrapassar limites disciplinares e fronteiras nacionais, além de promover diálogos interculturais e uma perspectiva comparativa sobre processos (históricos e contemporâneos) relativos aos povos indígenas na América Latina.
Visa também a estimular o debate sobre questões ético-políticas envolvidas na produção de conhecimento sobre e/ou junto a povos indígenas, bem como visibilizar, fortalecer e refletir sobre a emergência de intelectuais indígenas no campo acadêmico.
A primeira edição do congresso foi realizada em 2013, em Oaxaca, no México. A segunda ocorreu em 2016, na cidade de Santa Rosa, na Argentina. O 3o CIPIAL será realizado nos dias 3 a 5 de julho de 2019, em Brasília – DF, Brasil, com o tema central “Trajetórias, narrativas e epistemologias plurais, desafios comuns”.
OLMA, CAC e Defensoria Pública do Pará realizarão no CIPIAL, este importante Congresso Internacional Povos Indígenas da América Latina o simpósio:
Tendo como mediadores Luiz Felipe Barboza Lacerda (Universidade Católica de Pernambuco – UNICAP e Observatório Nacional de Justiça Socioambiental – OLMA, Brasil); Jonny Giffonis (Ministério Público Regional do Pará, Brasil); Aurilene da Silva (Centro Alternativo de Cultura – CAC/PA, Brasil), o simpósio buscará – através do relato de lutas e resistências de populações indígenas Maruanas, Kambebas e Assurini – apontar e debater os desafios enfrentados pelas populações indígenas na garantia de seus direitos frente aos processos de reconhecimento étnico, regularização de terras tradicionais e consulta prévia, no tocante a relação com o estado brasileiro.
Os relatos demostram como, através das organizações indígenas, da representação política, mas também da arte, da música e da poesia, desenvolvem-se estratégias de enfrentamento e superação destas históricas problemáticas. Ampliando a interlocução e a possibilidade de compreender tais desafios e alternativas a partir de uma perspectiva ampla e interdisciplinar. O simpósio ainda contará com análises colaborativas aos relatos indígenas dentro das perspectivas do direito, da psicologia, do serviço social e das ciências sociais.
Datas para outras inscrições – inclusive com descontos ou isenções – ou qualquer outra informação mais atualizada no site do congresso (www.congressopovosindigenas.net).