Após dois anos de reestruturação, o SARES foi reinaugurado no dia 27 de setembro, em Manaus (AM). Agora, com nova nomenclatura, Serviço Amazônico de Ação, Reflexão e Educação Socioambiental, a instituição tem como missão a promoção da justiça socioambiental, na e para a Amazônia, por meio da formação e educação social de lideranças e agentes da justiça.
A reinauguração, que aconteceu na nova sede do SARES, no bairro de São Jorge, contou com a presença de líderes de várias entidades e movimentos sociais que lutam pelas questões amazônicas, como CIMI (Conselho Indigenista Missionário), UFAM (Universidade Federal do Amazonas), CEB’s (Comunidades Eclesiais de Base), REPAM (Rede Eclesial Pan-amazônica), Maristas (Instituto dos Irmãos Maristas), além de moradores da comunidade de São Dimas e da Paróquia de São Jorge.
Segundo o padre Inácio Luiz Rhoden, superior da Plataforma Apostólica Amazônia, pertencente à Província dos Jesuítas do Brasil – BRA, em sua nova fase, o SARES cultivará a vocação panamazônica (intercultural, transfronteiriça e diversa), esmerando-se pela cultura transdisciplinar e de identidades locais e com abertura dialogal nas fronteiras. “A recriação do SARES é considerada como um ganho necessário para uma boa articulação com a REPAM (Rede Eclesial Pan-amazônica), com a PAM SJ (Projeto Pan-Amazônico), da CPAL (Conferência dos Provinciais Jesuítas da América Latina), com o OLMA (Observatório Nacional de Justiça Socioambiental Luciano Mendes de Almeida) e como referência para o cultivo da consciência amazônica em toda a Província BRA. Consideramos importante também ter em destaque um projeto (ou proposta de ação) para o trabalho na área indígena, ou seja, uma presença junto aos povos nativos”, explica padre Inácio.
Padre Sandoval Alves Rocha
Coordenadas por uma equipe executiva, as atividades do SARES serão realizadas mediante parcerias e adesões voluntárias de indivíduos ou organizações (religiosas ou não), que fazem parte da história e da instituição ou compartilhem dos mesmos valores. O SARES será apoiado também por Conselho de Coordenadores, formado por indivíduos, representantes de organizações e jesuítas, que prestarão assessoria constante ao longo do desenvolvimento de suas atividades.
Para o padre Sandoval Alves Rocha, coordenador geral do SARES, a Companhia de Jesus dá um importante passo na concretização do seu Plano Apostólico, que elegeu a Amazônia como uma de suas preferências apostólicas. “Por meio do SARES, oferecemos nossa contribuição para ajudar a manter a esperança de um mundo melhor nas comunidades mais vulneráveis da Amazônia (ribeirinhos, indígenas, periferias e mulheres). Estamos conscientes das nossas limitações (humanas e econômicas) e gostaríamos de fortalecer as nossas parcerias e criar outras, desejando ser mais um elo de comunhão nessa grande rede de pessoas e instituições que querem o bem da Amazônia e do Brasil”, afirma o jesuíta.
Nossa história
Fundado em 2003, o SARES nasceu a partir de uma parceria entre a Companhia de Jesus, o Instituto Missionário da Consolata e a Arquidiocese de Manaus. A iniciativa é resultado de um apelo do então arcebispo de Manaus, dom Luís Soares Vieira, que pediu aos jesuítas que criassem um serviço de pesquisa e ação social em prol da sociedade manauara e dos povos da Amazônia. Após uma década de atuação, o então Serviço de Ação, Reflexão e Educação Social iniciou um processo de reestruturação em 2013, assim, nos dois anos seguintes (2014 e 2015), não assumiria nenhuma atividade. Agora, em 2016, a Província dos Jesuítas do Brasil (BRA) assume integralmente a direção do SARES.