TAPIRI Ecumênico e Inter-religioso reúne lideranças de fé e povos tradicionais em Belém, na Cúpula dos Povos

De 11 a 16 de novembro de 2025, a cidade de Belém (PA) sediará o Tapiri Ecumênico e Inter-religioso na Cúpula dos povos, um grande encontro que reunirá lideranças de diversas tradições religiosas, povos indígenas, comunidades quilombolas, tradicionais de terreiro, movimentos sociais e juventudes de todo o Brasil e do mundo. O evento, que acontecerá na Catedral Anglicana de Santa Maria (Av. Serzedelo Corrêa, 446 – Nazaré), será um espaço de diálogo, formação de alianças e elaboração de propostas para influenciar as discussões da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30).

Organizado por um coletivo de entidades ecumênicas, inter-religiosas e de defesa de direitos (lista completa abaixo), o Tapiri é uma iniciativa itinerante que já percorreu, desde 2022, 9 estados da Amazônia Legal. A edição 2025 amplia o escopo para uma perspectiva global, trazendo vozes internacionais do Canadá, Austrália e outros países da América Latina para dialogar com as realidades brasileiras, tendo como pano de fundo a COP30 e suas implicações para um futuro menos desigual e ambientalmente sustentável para todas as pessoas e ecossistemas.

TAPIRI é uma palavra indígena, que significa ‘’ palhoça onde se abrigam caminheiros/as’’. O grupo de articulação ecumênica e inter-religiosa Tapiri tem denunciado, nos últimos anos, os impactos dos fundamentalismos e do racismo religioso na vida dos povos tradicionais. Por meio de reflexões e ações concretas, o Tapiri busca construir redes de resistência e cuidado.

Programação Estruturada em Eixos de Luta

A programação de seis dias está organizada em torno de quatro eixos centrais da Cúpula dos Povos: (1) Terra, Território e Soberania; (2) Justiça Climática, Democracia e Direitos;  (3) Enfrentamento ao Racismo Religioso e Ambiental; (4) Protagonismo de juventudes, crianças, adolescentes, mulheres e diversidades LGBTQIAPN+. As atividades incluem mesas de debate, rodas de diálogo, intervenções culturais, lançamento de publicações; uma simbólica barqueata pelo Rio Guamá, vigília; celebrações e uma marcha.

Destaques da Programação:

  • 11/11 (Terça-feira): O evento inicia com o Seminário do PAD (Processo de Articulação e Diálogo), discutindo o panorama e as estratégias da cooperação internacional. Paralelamente, o Projeto Curupira (IEAB) promove a roda “Vozes da Terra”, com troca de saberes indígenas sobre clima e sustentabilidade entre povos do Brasil, América Latina, e Oceania.
  • 12/11 (Quarta-feira): Mística inter-religiosa e a leitura de uma declaração conjunta. Duas mesas centrais debaterão “Diálogos Inter-religiosos para Enfrentar o Racismo Ambiental violações de Direitos e Fortalecer a Participação Popular” e “Justiça Climática, Democracia e Direito à Vida: Diálogos Inter-religiosos por Justiça ambiental“, com presenças confirmadas, Dom Vicente Ferreira, Moema Miranda (Igreja e Mineração) e o Procurador Felício Pontes. A tarde será marcada por uma Barqueata pelos rios da região, culminando com a abertura simbólica da Cúpula dos Povos.
  • 13/11 (Quinta-feira): O dia é dedicado às lutas pela terra e à soberania, com a mesa “Água, Terra e Soberania: Como Grandes Projetos Ameaçam Povos Indígenas e Tradicionais – Resistência, Agroecologia e Reparação na Amazônia, América Latina e Oceania“. À tarde, o foco será o racismo religioso e a luta quilombola na mesa “Terra, Axé e Resistência: Racismo Religioso e Ambiental, Megaprojetos e a Luta por Soberania nos Terreiros e Territórios Quilombolas do Brasil“, com a participação de Mãe Nalva,  Mameto Nangetu e lideranças quilombolas do MA e TO. O dia termina com uma Caminhada e Vigília do TAPIRI pela Terra, organizada pelo ISER.
  • 14/11 (Sexta-feira): A manhã coloca no centro as vozes das juventudes, mulheres e população LGBTQIAPN+ na luta por justiça climática. À tarde, a mesa “Justiça Climática e Direitos na Amazônia: Como Organizações Podem contribuir para Enfrentar Violações, Racismo Ambiental e Garantir Participação Popular?” discutirá como organizações podem contribuir para enfrentar violações. 
  • 15/11 (Sábado): O último dia terá início com a Marcha da Cúpula dos Povos com concentração a partir das 8.30h. A tarde, retomamos as atividades do Tapiri com.a Mesa  sobre  “Fé, Justiça Climática e Democracia: Caminhos Ecumênicos para Enfrentar o Racismo Ambiental e Garantir Direitos”, mediado por Maíra Fernandes (URI), e contará com a leitura final do documento do Tapiri, que consolidará as demandas e propostas do encontro para a COP30. 
  • O dia será encerrado com um coquetel de lançamentos de publicações de entidades participantes.
  • 16/11 (Domingo): O encerramento será uma Celebração Inter-religiosa na Catedral Anglicana, conduzida pela Bispa Marinez Bassotto, primaz da Igreja Episcopal Anglicana do Brasil, e pelo Rev. Ives Vergara, simbolizando a união das diferentes fés em prol de um objetivo comum.

Serviço:
O quê: Tapiri Ecumênico e Inter-religioso – Rumo à COP30
Quando: 11 a 16 de novembro de 2025
Onde: Catedral Anglicana de Santa Maria – Av. Serzedelo Corrêa, 446 – Nazaré, Belém -–PA

Contato para Imprensa: Patricia Gordano / 71 999787846 / patricia@cese.org.br
Mais informações: www.cese.org.br e no site das organizações que integram o TAPIRI

Participe: https://form.jotform.com/252674710081050
VEM PRA BELÉM! VEM PRO TAPIRI! 

Organizações que integram o TAPIRI:

  1. CAIC – Conselho Amazônico de Igrejas Cristãs
  2. Casa da Paz
  3. Casa das Religiões Unidas
  4. Catedral Anglicana de Santa Maria (IEAB-DAA), Belém/Pa
  5. CESE – Coordenadoria Ecumênica de Serviço
  6. Centro Social Casa Irmã Joselha
  7. Christian-AID
  8. Comitê Dorothy Stang Dorot
  9. Comitê Inter-religioso do Pará
  10. Comissão de Incidência Pública, Direitos Humanos e Combate ao Racismo da Igreja Episcopal Anglicana do Brasil
  11. Igreja Episcopal Anglicana do Brasil
  12. Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil – CONIC
  13. Departamento de Advocacy, Direitos Humanos, Ambientais, e Territoriais da Diocese Anglicana de Brasília
  14. Diocese Anglicana da Amazônia
  15. Diocese Anglicana de Brasília
  16. FEACT Brasil
  17. Fé no Clima/ISER – Instituto de Estudos da Religião
  18. Frente de Evangélicos pelo Estado de Direito – Núcleo Pará
  19. Fundação Luterana de Diaconia – Programa COMIN de Defesa de Direitos
  20. Igreja Presbiteriana Unida
  21. Instituto Afro-brasileiro e Cultural ACIYOMI
  22. Koinonia – Presença Ecumênica e Serviço
  23. Movimento Laudato Si’
  24. Movimento Renovar Nosso Mundo Brasil
  25. Núcleo Lux Mundi (CRB/CNBB)
  26. Nós da Criação
  27. Observatório Nacional de Justiça Socioambiental Luciano Mendes de Almeida (OLMA)
  28. Paróquia Evangélica de Confissão Luterana em Belém-Pa
  29. Primeira Igreja Presbiteriana Unida da Amazônia
  30. Processo de Diálogo e Articulação – PAD
  31. Projeto Curupira
  32. Rede Amazonizar
  33. Rede Igrejas e Mineração
  34. REDA – Rede Ecumênica da Água
  35. REPAM Brasil
  36. Renovar Nosso Mundo
  37. SInfrajupe, Serviço Interfranciscano de Justiça, Paz e Ecologia
  38. Terreiro Mansu Mansumbandu Kenkue Neta
  39. URI – Iniciativa das Religiões Unidas
  40. USPG – United Society Partners in the Gospel
  41. CIMI – Conselho Indigenista Missionário
  42. Bruma Kumaris