No último Domingo de Páscoa, Papa Francisco, ainda convalescente, surpreendeu o mundo ao aparecer na sacada da Basílica de São Pedro para conceder sua bênção urbi et orbi perante milhares de fiéis reunidos na Praça. Horas depois, recolhido na paz de seu quarto na Casa de Santa Marta, fez sua passagem para a eternidade. Ainda estamos entristecidos, mas confortados com a lembrança do maravilhoso legado que Sua Santidade nos deixou de seus doze anos de pontificado. Com essa inspiração, a edição de 5 de maio do Diálogos de Justiça e Paz dedicou-se a homenagear Sua Santidade com uma noite especial de reflexão e partilha sobre a sua vida e obra.
O encontro foi enriquecido com os testemunhos emocionados de Gilberto Carvalho, Secretário Nacional de Economia Popular e Solidária, do Ministério do Trabalho e Emprego; e de Padre Miguel Martins, Superior dos Jesuítas, Coordenador do Núcleo Apostólico da Região Brasília/Goiânia e do Centro Cultural de Brasília.
Ana Paula Inglez Barbalho, Presidenta da Comissão de Justiça e Paz de Brasília, mediadora, abriu o debate lembrando que Papa Francisco combateu o bom combate com a tranquilidade de quem espera em Cristo e que sua vivência autêntica do Evangelho fortaleceu a cristandade.
Gilberto Carvalho compartilhou a lembrança de seu encontro com o Papa durante a Jornada Mundial da Juventude, realizada no Rio de Janeiro, em 2013. Sua Santidade preferiu desfilar pelas ruas da cidade em um veículo comum de janelas abertas, dispensando o papamóvel do Vaticano. Para desespero da equipe de segurança, cumprimentou livremente as pessoas que cercaram o carro, quebrando todos os protocolos. Lembrou também os momentos em que intermediou a troca de mensagens entre o Papa e o Presidente Lula, durante seus dias na prisão de Curitiba.
Padre Miguel Martins iniciou lembrando a imagem das folhas do Evangelho aberto se abrindo ao vento sobre o caixão silencioso de Sua Santidade depositado no chão. Louvou suas mensagens apostólicas, que convidam os cristãos a celebrar a alegria do Evangelho, que é o coração da vida cristã e eixo da vida eclesial. Sua Santidade pregava a prática da “sinodalidade como a busca de ser uma Igreja que escuta, que dialoga, que vai discernindo os caminhos, uma Igreja em que todos sejam sujeitos ativos e corresponsáveis”.
O evento foi transmitido, como sempre, pelo canal @olmaobservatorio e @CJP-DF no YouTube. O Observatório Nacional de Justiça Socioambiental (OLMA), a Comissão Brasileira de Justiça e Paz (CBJP), a Comissão de Justiça e Paz de Brasília (CJP-DF) e o Centro Cultural de Brasília (CCB) convidam a todas e todos para a próxima edição, que se realizará em 2 de junho, às 19h, sobre o tema “A COP-30 e a Cúpula dos Povos”.