Saiba mais sobre a 5ª Semana de Estudos Amazônicos (SEMEA)

A SEMEA – 5ª Semana de Estudos Amazônicos aconteceu em São Bernardo do Campo (SP) entre os dias 26 e 29 de setembro. Ao todo, o evento reuniu mais de 800 pessoas no Campus da Fundação Educacional Inaciana Pe. Sabóia de Medeiros (FEI), que foram prestigiar o evento que busca proporcionar reflexão e troca de saberes dentro do universo acadêmico, no intuito de despertar, sobretudo, as comunidades técnicas e científicas para o seu compromisso com o ‘Bem Viver’. Além disso, a SEMEA é um espaço de experiência sociotransformadora com a musicalidade dos maracás, os cheiros, sabores e cores que revelam a identidade e cultura ancestral das populações originárias e tradicionais que habitam a Amazônia.

O evento, que acontece desde 2016 em instituições acadêmicas fora do território amazônico, inclui mesas de debates, palestras, oficinas, rodas de conversa e momentos de espiritualidade com “o desafio de debater e pensar a Amazônia, considerando o carisma da instituição que acolhe a SEMEA, neste caso da FEI, que sediou o evento deste ano”, expôs o Secretário Executivo do Olma, Prof. Dr. Luiz Felipe Lacerda, em sua fala na solenidade de abertura da 5ª edição.

Segundo ele, “dialogar a Amazônia a partir das tecnologias, das engenharias, da robótica, das pesquisas da FEI, foi um desafio, mas que encontrou muitas consonâncias que constituem a programação do evento”. A cada dia, a Semana de Estudos Amazônicos traz uma temática central a ser refletida, entre elas consta o tema da governanç

a territorial e economia circular, tecnologias socioambientais e a pauta sobre direitos da natureza e saberes originários.

A profa. Maria Tereza que esteve à frente da organização da 5ª Semea na FEI, fez uma síntese dos painéis institucionais e os compromissos que a FEI passa a assumir. Entre esses compromissos está como ação futura o diálogo permanente com os povos amazônicos para aprender mais com eles e então verificar as reais necessidades dais quais pode contribuir para superá-las de maneira efetiva. Além disso, pensa-se na inclusão de componentes curriculares

sobre as questões e desafios da Amazônia, capacitando os estudantes para o enfrentamento de pautas estratégicas para o reconhecimento e valorização da cultura e tradição indígena na FEI.

Em entrevista ao GT de Comunicação do evento, o provincial dos Jesuítas no Brasil, Pe. Mieczyslaw Smyda, SJ, falou sobre a responsabilidade da Companhia de Jesus em promover a Semea e às reflexões oriundas das discussões. “Vivemos um momento privilegiado da Companhia de Jesus, pois tomamos consciência juntamente com o mundo inteiro, a Igreja e o Papa Francisco, que estamos em um momento crucial para preservar e cuidar do mundo criado por Deus. A partir deste olhar, de que tudo é criado para a vida e à serviço dela, nós devemos ser colaboradores desta criação e não mais destruidores dela”, afirmou.

“A proposta da SEMEA, em amazonizar São Paulo, para nós, é levar a sociedade, principalmente às pessoas do Sudeste – uma região tão distante –  a conhecer o que é a Amazônia. Tudo o que acontece lá tem implicação e traz os seus reflexos aqui (em São Paulo). E é preciso que o Brasil todo conheça essa realidade amazônica. Nós só amamos e defendemos aquilo que nós conhecemos e, hoje, as dores da Amazônia, precisam ser sentidas para que possamos ver e solucionar essas dores”, destacou Marcivana Sateré Mawé, líder dos Povos Indígenas e a primeira mulher a assumir a Coordenação dos Povos Indígenas de Manaus e Entorno (Copime), além de auditora do Sínodo da Amazônia.

 

 

 

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