“Paraísos Fiscais- Um Sujeito Oculto da Economia Submersa Vem à Tona, Clamando por Informação”  

Diálogos em Construção – OUTUBRO/2021 

Próxima quinta-feira, 28 de outubro 2021, 17h, no canal do Youtube do OLMA acontece mais uma edição do Diálogos em Construção com o tema: “Paraísos Fiscais- Um Sujeito Oculto da Economia Submersa Vem à Tona, Clamando por Informação” 

O tema é incômodo, precisamente por envolver ocultação de riqueza e tratamento privilegiado aos rendimentos domiciliados à margem da tributação de origem, das obrigações cambiais, do controle da circulação etc; e principalmente da licitude da origem e destino do dinheiro aí operante.  Estima o autor de “A Riqueza Oculta das Nações” (Gabriel Zucman) envolver algo como 15% do PIB da União Européia e no caso da América Latina cerca de 60% do PIB, com consequências sobre desigualdade tributária e crise econômica muito graves.

No presente, o tema vem à tona por duas vias: 1) a tributação mínima dos paraísos fiscais, acordada pelo G7 em junho de 2021, ora objeto de acordo ampliado pela OCDE para 163 países (outubro de 2021); b) revelações sobre personalidades políticas e de empresários brasileiros sob investigação do consórcio jornalístico – “Pandora Papers”. Mas tudo isto passa por certa atmosfera de mistério, que requer algum esclarecimento prévio.

Há ligação entre estas duas vias citadas. O Consórcio Investigativo (‘Whashington Post’, ‘The Guardian, ‘El País etc, contando no caso brasileiro com a Revista Piauí – mensal), está seguindo uma trilha aberta pelo próprio G7 em junho de 2021. Na ocasião, chegou-se a um acordo preliminar dos chefes de Estado e de governo das sete maiores economias capitalista do mundo (EUA, Alemanha, Japão, França, Reino Unido, Itália e Canadá), para estabelecer certo controle sobre empresas multinacionais operantes em paraísos fiscais. Tal acordo preliminar, diga-se de passagem, muito mal divulgado no Brasil, consistiu na proposta de uma taxa de imposto de renda mínima global, inicialmente sugerida em 21% pelo Presidente Biden e depois reduzida a 15%, a ser aplicada às pessoas jurídicas internacionais. Estas passariam a ser obrigadas a produzir uma espécie de declaração de renda multinacional consolidada para o espaço de operação da empresa. E nessa declaração obrigatória, aplicar-se-ia aos paraísos fiscais taxa mínima sobre todos os lucros ali declarados, devolvendo-se aos países credores das operações lucrativas na origem, as diferenças de créditos tributários evadidos por conta das baixíssimas tributações vigentes nos espaços de “paraíso”.

´E nesse contexto que interpretamos o papel revelador dos “Pandora Papers”, preparando caminho a uma proposta global até mais ambiciosa e enfrentando interesses múltiplos, a que se procura “dar o nome aos bois”.

Para o evento de outubro, estamos convidando duas personalidades que muito tem a contribuir, pelo papel que ora desempenham nos seus respectivos espaços de atuação. Wellington Leandro da Silva, Ex-Presidente e atual Conselheiro do COFECON Coordenador do Fórum sobre a Desigualdade Social e Maria Lucia Fatorelli Coordenadora da Auditoria Cidadã da Dívida e membro da CBJP, quem fará a medicação será Guilherme C. Delgado, Economista, pesquisador aposentado do Instituto de Pesquisas Aplicadas – Ipea e membro da equipe do Diálogos em Construção

Participe!

Aguardamos por você! Acompanhe pelo Youtube https://www.youtube.com/c/OLMAObservatório