3a SEMEA – Semana de Estudos Amazônicos – de 16 a 18/10/18 (Clipping)

Termina, em São Leopoldo a 3ª Semana de Estudos Amazônicos. A nossa canoa segue seu curso e em 2019 faz sua parada em Belo Horizonte/MG, na Faculdade Dom Helder Câmara, para a 4ª edição do SEMEA. De: https://www.facebook.com/repambrasil/posts/549620315473001

 



Apresentação

Justifica-se o evento na medida que mobiliza todos os aspectos em torno de uma Semana de Estudos Amazônicos, garantir espaços não amazônicos de reflexão prática e acadêmica, sensibilizando acadêmicos e sociedade civil, despontando aqueles que a acolhem como pioneiros a serviço da premissa da Natureza como Dom de Deus para o Mundo.

Quais são os objetivos?

Sensibilizar comunidades acadêmicas e sociedades civis não amazônicas para os principais temas de debate no universo amazônico;
Garantir participação, visibilidade e articulação de povos tradicionais amazônicos em espaços fora da Amazônia;
Articular e fortalecer diversos atores e instituições da igreja em torno da temática amazônica e a proteção dos povos e conhecimentos tradicionais;
Instigar maior número de pesquisadores e acadêmicos ao estudo das temáticas amazônicas;
Articular de forma prática e coerente os ensinamentos da Laudato Si’ aos debates sobre a Amazônia;
Promover integração entre universidades latino-americanas vinculadas ao tema e ao território amazônico.

É destinado a quem?

– Docentes e Discentes dos Cursos Politécnicos, jurídicas, naturais e de humanidades
– Movimentos sociais ligados aos direitos humanos e aos direitos ambientais
– Organizações de apoio e fomento aos direitos humanos, aos direitos ambientais e as populações tradicionais
– Gestores públicos ligados ao meio ambiental e povo indígenas/quilombolas
– Sociedade civil em geral.

Dias

16 a 18 de outubro de 2018
9h às 12h
14h às 15h30
15h45 às 17h30
19h30 às 21h30

Apoio

Colégio Anchieta
Província dos Jesuitas do Brasil
Preferência Apostólica – Amazônia, Província dos Jesuitas do Brasil
Serviço Amazônico de Ação, Reflexão e Educação Socioambiental – SARES
Centro Alternativo de Cultura de Belém – CAC
União dos Povos Indígenas do Vale do Javari – UNIVAJA
Associação de Artesãs da Comunidade de Bom Caminho – AM

Promoção

Observatório Nacional de Justiça Socioambiental Luciano Mendes de Almeida – OLMA
Instituto Humanitas Unisinos – IHU
Universidade do Vale do Rio dos Sinos – Unisinos
REPAM – Rede eclesial Pan-Amazônica

 



Programação

Em pdf: III SEMEA – UNISINOS – Programação

Em html: http://www.unisinos.br/eventos/semana-de-estudos-amazonicos-semea-ex123823-00001#section-inscreva-se


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Alguns CARTAZES:




No decorrer do evento

“ALGUMAS” POSTAGENS FEITAS DURANTE O EVENTO:

 

OLMA

“As mulheres também tem esta atuação. Na política temos a Sônia que faz esta referência. Temos também deputadas federais e estaduais, também indígenas. A arte que vocês também conhecem usamos como ferramente de resistência e metodológica de ensino aprendizagem. Temos também mulheres referência na literatura.”

Sobre o livro “O lugar do Saber”. “Em nós habita o território do sagrado. E é este que buscamos cultivar. Aí está nossa cosmologia, nossa resistência.

Os indígenas por princípio são poetas, são compositores. Temos o sagrado da musicalidade. Cada povo faz sim arte e esta arte é milenar, nos acompanha. Com o passar do tempo vamos trabalhando este sagrado dentro de nós. E resistimos para que nossas futuras gerações tenham memórias e possam ter o que contar a seus filhos e netos.

Nós precisamos manter esta Amazônia cultural também. Uma Amazônia que tenha raiz. E que esta raiz possa crescer e se espalhar por todos os lugares.

Aqui estamos em uma troca de saber. E assim eu penso que é nossa cultura. Agradeço mostrando que as mulheres indígenas tem esta força viceral. Precisamos que mais mulheres apareçam neste cenário e façam valer sua afirmação…”

Marcia Cambeba

#IIISEMEA



 

“Empoderamento de mulheres dos Povos Tradicionais” é o tema da mesa de discussão nessa tarde na 3ª Semana de Estudos Amazônicos/SEMEA. Mediado pela Psicóloga Aramita Gref, participam: Elizabeth Tikuna (AMATU-AM) • Marcia Cambeba (Professora – PA) • Marcivania Seterá Mawé (COPIME-AM) • Yashodam – (ComPAz -RS) • Dijuena Tikuna (AM) • Sonia Guajajara (APIB)

 



 

OLMA

Agora:
Marcivania Seterá Mawé

“… Quantas mulheres que há tão pouco tempo tem acesso a universidade..

Na questão histórica das mulheres indígenas as mulheres sempre tiveram uma participação muito ativa.
Faço parte de uma organização composta por mais de 60 organizações indígenas. Em Manaus fala-se mais de 16 línguas entre os povos indígenas.

A participação da mulher indígena na cidade tem sido importante em relação a questão da organização.
Minha própria comunidade começou com as mulheres.
A mulher além de ser liderança, que é um grande desafio. Ser liderança dentro de uma cidade, dentro de uma organização. Além de ser mãe, companheira… é um grande desafio. É uma carga muito grande. A mulher se depara dentro deste contexto com vários fatores que podem até comprometer a saúde dela.

Na questão do meu povo, a mulher sempre teve participação e empoderamento muito forte. No início quando começou a existência do meu povo, a mulher que cuidava do jardim. Havia muita fartura, rios limpos, muito peixe, árvores que produziam bons frutos… e a mulher era a responsável por cuidar deste paraíso. A mulher também tinha detinha o conhecimento das plantas medicinais.

Na minha cultura, a mulher que é o pajé desde sempre. A mulher.

Hoje dentro do movimento indígena percebemos as mulheres indígenas dentro da universidade. Eu mesma sou contadora. Trabalhamos e dedicamos grande parte da vida ao movimento, a mulher tem sido sempre uma grande animadora deste processo histórico.

A mulher é mãe, é estudante, a mulher que contribui com o sustento da sua família com artesanato, pesca, fazendo farinha… a mulher indígena tem papel de destaque neste processo.

Lógico que ainda precisamos avançar muito.
A mulher hoje está se formando, é ativa e enfrenta problemas das mulheres brasileiras.

A mulher também tem tido um papel importante no processo de repasse de conhecimento. A mulher tem sempre formado nossas grandes lideranças. Minha mãe é sempre a referência que trago e é o que procuro passar também para minha filha. Visualizamos tempos não muito bons, tempos sombrios… e tento passar todo este conhecimento para que a mulher não deixe a cultura morrer.

#IIISEMEA



De: https://www.facebook.com/cris.brites/posts/10156024342214506

 

 

 

 

 

 

 

 

 

OLMA

“A cultura deve ser respeitada do jeito que é. Os povos não são mais tutelados. ELES dizem onde querem ir, como querem viver.”
“Ainda hoje não conseguimos implantar a Doutrina da Autodeterminação.”

Dr. Felício Pontes Jr- Procurador Regional da República (DF). Quinta (18/10/18). Palestra Megaprojetos e Amazônia sob a perspectiva social, jurídica, cultura e ambiental. #IIISEMEA



Outros post podem ser vistos com na página do OLMA no Facebook, ou com a hastag #IIISEMEA, ou aqui neste link de pesquisa.