“Ninguém liberta ninguém, ninguém se liberta sozinho, as pessoas se libertam em comunhão. ”
Paulo Freire, adaptado
Através de suas Preferências Apostólicas e de seu Marco para a Promoção da Justiça Socioambiental a Província dos Jesuítas do Brasil assume o compromisso com a superação dos abismos da desigualdade social na sociedade brasileira. Buscando responder de forma direta a esta Missão o OLMA, juntamente com a Rede de Promoção da Justiça Socioambiental da BRA, aprofunda-se no trabalho de articulação, sensibilização e formação de nossos educadores.
Como enfoque central para este processo o Conselho de Coordenação do OLMA, em sua II Reunião (08/16), apontou a necessidade de trabalharmos com toda nossa Rede o discernimento sobre o conceito de Justiça Socioambiental, assim como as práticas e princípios que dele decorrem. Da mesma forma, valorizando os diferentes aportes que historicamente a Companhia de Jesuítas no Brasil ofertou aos movimentos e educadores sociais e tendo em vista o atual cenário político, administrativo, social, ambiental, cultural e econômico do país, debatemos na referida reunião sobre a Educação Popular enquanto importante ferramenta de transformação da realidade em que vivemos.
Visto isto, o Projeto: Oficinas Seminários de Justiça Socioambiental e Educação Popular busca realizar encontros de formação e sistematização de experiências nas Plataformas Apostólicas da BRA.
Em parceria com o Serviço Amazônico de Ação, Reflexão e Educação Socioambiental – SARES , a equipe de Educação Popular do Observatório Nacional de Justiça Socioambiental Luciano Mendes de Almeida – OLMA e Fé e Alegria , realizou nos dias 22 a 24 de junho no Centro de Formação Vicente Palotti em Manaus a Oficina de Educação Popular – A Educação Popular como instrumento de reflexão e capacitação para a atuação social
A oficina teve a participação de representantes dos grupos e movimentos como:
Destacamos também os momentos de reflexões, alongamentos, atividades corporais ao qual tivemos como colaboradora Maria Mara Corrêa Pachêco, formada em Educação Artística, pós graduada pela Universidade Federal do Amazonas e pós graduada em Dança Educação pela universidade Estadual do Amazonas.
A oficina aconteceu com o lúdico como ponto de partida, a equipe recebeu os participantes com muita alegria, vestidas de palhaças, chamando para brincar, cantar e dançar. Construímos a tenda de fitas coloridas com a participação ativa de cada um.
Outro destaque forte foi a confecção da boneca Abayomi, que significa ‘Encontro precioso’.
Trabalhamos com construções coletivas e, através de filipetas, o grupo foi convidado através de palavras chaves a irem montando o que é educação e o que é popular para a partir daí ir aglutinando palavras e chegando a conceitos.
Construção coletiva do conhecimento
Pressuposto da educação popular é que todos somos portadores de saberes, e os saberes são diferentes e não precisar ser hierarquizados. Na educação bancária o saber e o conhecimento estão hierarquizados e, a experiência de vida que o educando traz, não é levada em consideração. A educação popular está pautada no está pautada no diálogo para daí se chegar ao aprendizado comum a partir de uma troca entre iguais.
O encontro também contou com a análise do filme “Como Estrelas na Terra Toda Criança é Especial” e claro, um Arraiá na noite cultural. Além de exposição de fotos e muito carimbó – expressando características regionais. Não vamos esquecer as músicas do Boi Garantido e do Boi Caprichoso…
…Conta a lenda que tanto o “Boi” Garantido quanto o “Boi” Caprichoso, teriam nascido graças às promessas feitas a São João Batista. Por motivos diferentes, mas tendo as promessas sido atendidas cumpririam o que prometeram e ambos os “Bois” a partir dali, se apresentariam todos os anos. Isso era garantido, diria o Garantido; e no capricho, diria o Caprichoso.
O grupo saiu com o compromisso junto ao Sares de fortalecimento e continuação do trabalho conjunto. Acreditamos muito nesse grupo que demonstrar paixão pelo que faz.
Parabéns a todos e todas que se envolveram para a realização desses momentos e efetivação de nossa oficina de educação popular, principalmente a equipe do Sares (Pe. Paulo, Mirácélia, Mary, Lidiane, Ir. João) ao Fé e Alegria na pessoa do Pe Carlos James, Francisca França, educadora e colaboradora do OLMA e Ana Cristina Educadora popular do OLMA.