OLMA CONSOLIDA PARCEIRIA COM NÚCLEO DE ESTUDOS AFRO INDIGENAS E GRUPO DE PESQUISA EDUCAÇÃO E DIVERSIDADE AMAZÔNICA PARA AVANÇO NA METODOLOGIA SOCIAL DE INDICADORES DE BEM ESTAR PARA POVOS TRADICIONAIS (IBPT)

O Observatório Nacional de Justiça Socioambiental Luciano Mendes de Almeida (OLMA) consolidou neste mês de junho, duas importantes parcerias com o Núcleo de Estudos Afro-Indígenas da Unisinos (NEABI) e o Grupo de Pesquisa Educação e Diversidade Amazônica, da Universidade do Estado do Amazonas (GPEDA).

 

Reunião do OLMA com NEABI e lideranças de Terreiras de São Leopoldo

Encontro do OLMA com integrantes do Grupo de Pesquisa Educação e Diversidade Amazônica (GPEDA/EUA).

O acordo técnico- científico versa sobre uma nova leva de adaptações, debates e aplicações dos Indicadores de Bem Esta para povos Tradicionais (IBPT), o primeiro em três casas de religião de matriz africana em São Leopoldo (AM) e a segunda, em comunidades indígenas do Alto Solimões (AM).

Os IBPT são uma metodologia social que há seis anos vem sendo desenvolvida e aprimorada em parceria com o SINHI- Instituto de Investigações da Amazônia Colombiana e busca gerar um sistema de informações próprio e adequado aos povos tradicionais.

“Essa discussão se inicia percebendo que os macro indicadores, como PIB (Produto Interno Bruto) ou o IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) não dão conta das especificidades dos povos tradicionais, acabando por influenciar de maneira negativa na construção das próprias políticas públicas que já nascem equivocadas e assim se tornam ineficientes. ” Afirma Lacerda, Secretário Executivo do OLMA.

  Além disto, os IBPT buscam ser uma ferramenta prática e ágil que, quando aplicados sistematicamente pelas comunidades, possa gerar independência destas frente aos organismos de controle, apoio e fomento. Desta forma, pretende-se que as próprias comunidades tomem posse e melhorem a metodologia, adequando e controlando seus sistemas de geração de informação.

Os IBPT através da medição de cinco grandes capacidades (de controle coletivo do território, de agenciamento cultural autônomo, de soberania alimentar, de construção de um ambiente tranquilo para se viver e de autocuidado e reprodução), que se desdobram em 20 indicadores produtivos, culturais, sociais e ambientais, aporta uma concepção única de bem-estar para cada localidade, ofertando visão aprofundada sobre suas fortalezas e vulnerabilidades.  

Saiba mais:

Ribeirinhos: Indicadores de Bem Estar para Povos Tradicionais (IBPT)

Indígenas: Indicadores de Bem Estar para Povos Tradicionais (IBPT)