Muitas novidades chegam do norte!
O Serviço Amazônico de Ação, Reflexão e Educação Socioambiental (SARES), lançou durante a última Assembleia da Plataforma Apostólica da Amazônia sua nova logomarca:
Entenda um pouco seu significado:
Em primeiro lugar o SARES é um serviço que tem como chave de entrada o conteúdo da Marca e disposição institucional profunda, a qual chega até nos EE (Exercícios Espirituais de Santo Inácio) no seu PRINCIPIO e FUNDAMENTO em uma dupla afirmação, no primeiro momento: “ O homem é criado para louvar, reverenciar e servir a Deus Nosso Senhor e mediante isto salvar a sua alma (EE23). O Serviço inicia a caminhada de sentido junto com o louvor e a reverencia, louvor de ação de graças pela misericórdia que o Senhor teve para com o SARES, sendo resgatados do fundo do Rio como experiência institucional da “ noite escura” (SJC).
Em um segundo momento junto com o Serviço de louvor e reverencia temos a o lugar o “topos” Amazônico, em que o serviço acontece e em um fluir de Rio, aqui sentimos que o ‘S’ em seus tons de verdes é “o fluir dos rios que se encontram” é o encontro de um rio com OUTRO. Este encontro perpassa todas as letras SARES dando unidade e fluidez de sentido desde o encontro até a diferença sendo parte da “mandorla como espaço sagrado da CRIATURA com seu CRIADOR”. Como o espaço SARES vai se abrindo ao COSMOS mais abrangente estando no limiar do humano e o divino, é o lugar onde a marca se abre ao cósmico sendo parte dele. É o encontro das águas espaço geográfico e cósmico por iniciativa da Mandorla como desabrochar gráfico para FORA da marca. A mesma marca seja não só significado mais sim significante de algo maior que ela, sublinha desde o início algo maior (Magis). Esta disposição exterior vai nos ajudar para uma futura profundidade no tanto cósmica como no primeiro elemento mais sim quântica no segundo elemento(canoa) junto com o terceiro(cocar).
A canoa vem com significado de sair do “fundo” para a sua “Fonte”, como a humanidade caída mas resgatada e iluminado pelo IHS, deixando de ser “lamparina”, resgatando sua luz. A sombra da cuia, significa o humilde e simples que une o dupla A de Serviço Amazônico e de Ação. Vale ressaltar, que não é qualquer ação mais uma Ação contemplativa, mais aberta onde a canoa vazia representa a capacidade de dar VIDA, trazer o peixe para a família e a comunidade, de ser gestada, o ventre materno capaz de ser fecundado em uma relação Fe –Justiça para as novas gerações.
O cocar junto da ponta da canoa não é uma montagem, mas sim uma “compostagem mística-orgânica” da palha do rio com a madeira das árvores da canoa em diálogo pontual iluminante, que abre para o “Fundo da matéria” como espaço sagrado e simples que da profundidade “quântico-mística”. A marca tem seu próprio OLHO com o qual olha para nós desde a Cristificação da matéria (Teilhard de Chardin). Como primeiro ponto de encontro com as Águas, com o rio, com o ar e o bento, com o sopro Vital, concentrando a luz da canoa em um ponto, em um lugar que a profundidade o faz sagrado e desconhecido, palha, madeira, agua, ar. Por o olho diante a marca SARES é por aquele mesmo olho por onde ela nos olha e nos inquieta.
SARES levará ‘projeto Aprendizagem’ para assentamento indígena em Manaus
A equipe do SARES com o objetivo de acompanhar, servir e incidir na educação popular diferenciada de lideranças locais e comunitárias levará para o assentamento indígena e não-indígena Sol Nascente, o projeto de Aprendizagem socioambiental para uma Ecologia Integral. Será aplicado na comunidade a partir das experiências concretas, encarnadas e inspiradoras da vida cotidiana amazônica, dentro dos marcos temáticos da Igreja Católica Ecumênica e da Província dos jesuítas do Brasil.
O assentamento Sol Nascente surgiu da necessidade de oferecer um lugar para servir de abrigo aos membros da etnia Kaixana, originários de Santo Antônio do Içá, no rio alto Solimões, há 333 km de Manaus, capital do Amazonas. Algumas pessoas de outras etnias se juntaram com o mesmo propósito e desejo de constituir uma sede dentro da capital. O Assentamento teve início em junho de 2013. As 12 etnias que residem no local são: Apurinã, Baré, Dessana, Kaixana, Kokama, Miranha, Munduruku, Mura, Sateré-Mawé, Tariano, TiKuna, Tukano.
A princípio, a equipe realiza visitas na comunidade para ouvir suas demandas e necessidades; coletar dados e partilhar dos saberes das pessoas, com intuito de gerar uma troca de conhecimentos e sensibilização ampla e aberta sobre temáticas socioambientais, modos de vida amazônicos e valorização dos conhecimentos tradicionais. Além de criar um diagnóstico e cartografia social.
O trabalho do SARES se dará com o objetivo de motivar e despertar para o compromisso e cuidado da Amazônia, mediante uma troca de aprendizagem que contribua para sociedade do ‘Sumak Kawsay’ (uma expressão originária da língua Quíchua, idioma tradicional dos Andes. Significa plenitude e viver. É usada como referência ao modelo de desenvolvimento que garante a realização do bem viver em uma sociedade.) Ajudará, também, a descobrir alternativas de transformação e harmonização na relação com as pessoas (Cidadania) e com a natureza (Florestania – significado cidadania na floresta).
Além disto, para começar o segundo semestre com toda força, o SARES iniciou o curso de formação de polinizadores em Manaus:
SARES inicia curso de formação de “polinizadores” em Manaus
O SARES em parceria com o Fórum de Mudanças Climáticas e Justiça Social iniciou, nesta semana, o curso de Polinizadores na cidade de Manaus, estado Amazonas. O curso tem por objetivo aprofundar o conhecimento das causas e das consequências socioambientais do processo de aquecimento global e das mudanças climáticas.
Essa parceria se deu ainda no ano passado, o qual o SARES foi convidado pelo Fórum, localizado em Brasília, a ser a instituição que multiplicaria o curso no estado do Amazonas. O SARES teve como objetivo realizar o conhecimento científico técnico na perspectiva de incidir mais “polinizadores” localmente engajados e globalmente conectados na defesa da Promoção da Justiça Socioambiental.
Durante esse primeiro encontro, os participantes fizeram uma dinâmica de apresentação para que pudessem se conhecer melhor; logo depois realizaram uma visita a casa de Dona Rosário, moradora que reside à beira do igarapé do Franco um dos vários existentes em Manaus. O intuito dessa visita foi fazer os participantes refletirem sobre a questão socioambiental daquela região.
Escutaram também, a história dessa moradora e de sua família, sua realidade amazônica, seus conhecimentos originários, acompanharam e sentiram como parte da população amazônica sobrevive morando nas beiras dos igarapés, principalmente nessa época das cheias dos rios, em que sofrem mais com a situação. E, mesmo para quem é da região, muitas vezes, nunca sentiram e nem viram essa realidade amazônica.
Depois da visita, os participantes voltaram a sede do SARES para dar continuidade ao curso. Houve a apresentação da metodologia e objetivos e a apresentação do convidado Guenter Francisco Loebens, coordenador do CIMI Norte I (Conselho Indigenista Missionário) que finalizou o encontro tratando sobre as mudanças climáticas e os povos indígenas da Pam – Amazônia.
Os participantes do curso são mulheres, jovens, lideranças comunitárias, ativistas ambientais, movimentos sociais e pastorais sociais, as instituições são: REPAM Juventude (Rede Eclesial Panamazônica), Instituto Sumaúma, CIMI, Comunidade São Dimas, localizada na zona oeste de Manaus, Projeto Oca da Juventude e Casa MAGIS Manaus. O curso terá duração de quatro meses com encontros semipresenciais na sede do SARES, localizado na zona oeste de Manaus e possui três eixos temáticos: Biomas (primeiro tema a ser discutido); Mudanças climáticas e Águas.
Ao final do curso, os polinizadores produzirão seus conhecimentos adquiridos e aperfeiçoados através de artigos, entrevistas, vídeos, poemas, composições musicais etc. sobre cada um dos três eixos temáticos, destacando a realidade e iniciativas de convivência com o bioma existente(s) em sua região.
Fonte: Equipe SARES